Seja qual for o modelo ou a linha pedagógica, seja pública ou particular, pequena ou grande, uma coisa nos une a todos: o desejo de entregar à educação o melhor que pudermos a partir de nossas convicções e escolhas.
Especialmente para aqueles que se dedicam à educação, que ultrapassa a escolha profissional para adentrar nossas missões de vida, fazer com que a escola tenha seu melhor desempenho e o alcance de forma harmoniosa é tarefa de todos.
E para que isso seja alcançado é necessário que cada elemento que compõe a equipe tenha pleno conhecimento de suas atribuições, mas é muito importante, também, que saiba sobre o papel e a importância dos demais componentes da equipe.
O diálogo e a comunicação como ferramenta
Nenhuma dificuldade é tão pequena que não mereça um pedido de ajuda, nem é tão grande que não possa ser compartilhada. Um dos principais motivos de desalinhamento nos cotidianos escolares é a falta de comunicação e diálogo.
É necessário que exista um nível de cumplicidade entre todos para que o enfrentamento dos problemas, e também a escolha de soluções, sejam encontrados de forma coletiva, transparente e respeitosa.
Por óbvio que não estamos a incentivar que as atribuições de cada posição sejam diluídas e que todos os detalhes surgidos do cotidiano sejam motivos de reuniões e discussões. Cada um deve conhecer sua própria autonomia e, consequentemente, as suas responsabilidades.
Mas deve haver um alinhamento estreito entre todos, para que as decisões e as soluções encontradas por cada um não se desencontrem das diretrizes gerais da escola. Daí a importância de se adotar uma postura de escuta entre toda comunidade escolar.
Reconhecer e valorizar o papel de cada um
É preciso que se diga que este reconhecimento e valorização de cada papel se destinam a todos. Gestores que reconheçam e valorizem a coordenação; coordenadores que também assim o façam com relação aos professores e gestores; e professores idem com relação a gestores e coordenadores.
Observe que na medida em que cada um tem conhecimento sobre suas atribuições e das atribuições dos demais, há a instalação de um ambiente mais cordial e fluido.
Do ponto de vista executivo, é possível elencar separadamente as funções dos diretores ou gestores, dos coordenadores e dos professores. Isto porque como em qualquer empresa ou departamento público existem particularidades específicas em cada atribuição.
Aos gestores, incumbe:
- Participar do gerenciamento financeiro e administrativo;
- Certificar-se das obrigações legais da instituição;
- Acompanhar as diretrizes pedagógicas e as exigências da Base Nacional;
- Preservação e manutenção das instalações
- Administração de processos administrativos; dentre outras.
Aos coordenadores:
- Acompanhar os professores nas ações pedagógicas;
- Alinhar os processos de aprendizagem;
- Gerir as reuniões pedagógicas.
- Promover a ponte segura entre gestão e corpo docente; dentre outras.
Aos professores:
- Definir as melhores práticas;
- Acompanhar com proximidade cada educando;
- Zelar pela entrega dos conteúdos; dentre outras.
Por certo a pequena lista acima é apenas um breve resumo das atribuições de cada um, que nos cotidianos das escolas se mostram muito mais complexas e extensas. Entretanto, ela serve apenas para refletirmos sobre a importância do alinhamento que se espera haver entre todos.
De muito pouco servirá um excelente gerenciamento administrativo se na ponta da linha os educandos forem de alguma forma desrespeitados em seus direitos de aprendizagem. Da mesma forma em sentido inverso, o sucesso das instituições não se resume a professores dedicados e atentos.
Há de ser encontrado um equilíbrio entre todos, para que seja instalado um ambiente produtivo e ao mesmo tempo harmonioso, para que os demais componentes da comunidade escolar (demais funcionários, familiares e a sociedade como um todo) se sintam parte e assim também componham esta engrenagem com o melhor de si.
É preciso consciência coletiva
Este é o ponto onde pretendemos tocar. Na importância da conscientização de todos acerca da necessidade de integração e harmonia entre gestão, coordenação e professores. Porque é absolutamente desejável que as instituições privadas sejam modelos empresariais de sucesso, mas é preciso antes disso que todas, inclusive as públicas, atendam com suas melhores performances aos interesses maiores de uma educação melhor para todos.