Nunca escolhi livros apenas por suas capas e acho que isso tem a ver com minha forma de perceber as pessoas; preciso conhecer um pouco da história, do conteúdo, de suas marcas e das experiências vindas nesse encontro.
Livros são diferentes de “gentes”; dá pra guardar pra sempre, dá pra consultar quando quiser, dá pra conversar no frio e no calor, dá pra chorar sem vergonha, dá pra rir sozinho e até dormir no meio do diálogo e ele não fica bravo.
Gentes…Não.
Guardamos os livros em caixas da nossa memória que possibilitam, por meio de um recuo racional, o contato com as histórias deles. Como se fossem crianças disponíveis a brincar.
Livros e Gentes, Gentes e Livros!
Gentes não. Gentes são muitas, e quando encontramos nesse plural, o singular dessa palavra, “Gente”, são como livros; Confiáveis nas suas interlocuções, na beleza de suas palavras, no afeto das suas cores e sentidos; na disponibilidade em ajudar, em servir na essência da palavra; em ser, sem o aguardo da recompensa.
Por isso, sejamos “gente” “e livros”.