Uma nova forma de pensar a educação
– Ah! Então é assim que isso funciona!?
Todos nós, em dado momento, já nos vimos pronunciando esta frase quando confrontados com uma descoberta, ou com uma compreensão acerca do funcionamento de algo, ou o segredo de uma deliciosa receita. É o entendimento que surge da transparência.
Desde sempre a humanidade clama por esta visibilidade em qualquer área da vida para tomar para si um saber mais profundo, que não se satisfaz com o mero resultado mas, de forma completa, necessita compreender o processo como um todo, refletindo sobre seus passos e experimentando inovações em cada etapa.
Este preâmbulo abre as portas para que o conceito de “aprendizagens visíveis” também nos seja revelado.
O conceito de aprendizagem visível
Este termo ganhou evidência a partir dos estudos feitos por John Allan Clinton Hattie, professor e PhD neozelandês, que pesquisava os indicadores e a avaliação na educação, focado em análises quantitativas e meta-análises.
Sua pesquisa resumiu uma enorme e variada literatura sobre educação, mapeando as mais diferentes correntes. O resultado, de forma geral, demonstra a importância e os melhores resultados em um modelo onde todos: professores, coordenadores, diretores e estudantes têm acesso e entendimento de cada etapa do processo.
“Entender” com o “fazer”
A partir da ideia de transparência e compreensão dos processos de aprendizagem, o conceito de aprendizagem visível, ou “visible learning” propõe e inclui a participação direta de todos os personagens na construção, desenvolvimento e efetivação das ações, não apenas para que compreendam, mas para que haja uma cultura do fazer, enriquecendo processos e resultados a partir dos saberes individuais, em favor do coletivo.
Dentro deste conceito nascem as conhecidas ações “maker”, e os projetos “mão na massa”, que aproximam o ensino ao aprendizado de forma prática, elucidando o processo com o verbo “fazer” com todas as suas particularidades: deu certo? Deu errado? O que houve? Como corrigir?
Este afastamento do mero discurso é capaz, também, de evidenciar a necessidade de uma formação continuada para professores tanto pelas transformações tão aceleradas de nosso mundo atual, quanto pelas riquezas e inovações trazidas pelas possibilidades de experimentar e fazer que se abrem aos estudantes.
Aprendizagens visíveis. Experiências teórico-práticas em sala de aula
Este é o título do livro de nosso clube de assinatura para professores: Diálogos Embalados do mês de março de 2022. Editado pelo selo Panda Educação e organizado por Julia Pinheiro Andrade, a obra é uma coletânea de artigos de professores-pesquisadores acerca deste tema e em uma infinidade de práticas, desde a educação básica até a formação de professores.
Todos os artigos convergem para a ideia de tornar o processo ensino-aprendizagem mais profundo, consciente, significativo e reflexivo, para formar uma cultura de pensamento dentro e fora dos limites escolares.
Os artigos estão repletos de práticas, suas estratégias e proposições teóricas que nos possibilitam refletir sobre o sentido daquilo que se aprende, como se aprende, como e quando utilizar o que se aprende. Todas baseadas nos estudos de John Hattie, na abordagem de Reggio Emilia e o registro da documentação pedagógica, e no Projeto Zero da Universidade de Harvard.
Tudo isso a nos provocar pensamentos e reflexões sobre nossa formação, o uso do design no projeto político-pedagógico, na cultura “mão na massa”(maker), na avaliação e autoavaliação como aprendizagem, a prática direcionada, o estudo do erro e o planejamento reverso.
Não bastasse, o livro carrega alguns “qr-codes” que remetem a ferramentas para downloads, além de referências de artigos e vídeos que nos estimulam a ampliar nossos horizontes de conhecimento e aprimoramento de nossas práticas cotidianas.
Acredite! Esta obra não vai apenas compor suas prateleiras. Ela vai transformar, questionar e impactar as suas convicções e tornar visível a você mesmo o seu desejo e suas necessidade de crescer em favor da educação.
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