Brincadeira não tem preço
Quero compartilhar com vocês uma carta que eu e Julia, minha companheira de trabalho e coordenadora da Estilo, escrevemos para as famílias da escola. É sobre o brincar e os brinquedos.
“A Estilo de Aprender fomenta e valoriza a infância que brinca. Entendemos que a brincadeira é a principal linguagem de comunicação da criança com o mundo e do mundo com a criança. É por meio dessa linguagem que ela expressa plenitude, expansão, liberdade e múltiplas conexões com o meio e com si mesma. Por isso, consideramos que os brinquedos não estruturados – nosso Quintal com árvores, os gravetos e folhas no chão, os caixotes de feira, os tecidos – são possibilidades imaginativas e brincantes infinitas para as crianças!
Todas as nossas atividades, dos Temas às propostas de Quintal, são conduzidas e permeadas pela brincadeira, pelo faz-de-conta e pela capacidade grandiosa e potente que a criança tem de imaginar. Além disso, valorizamos a interação dos estudantes com os brinquedos da Escola, com o brinquedo que “não é meu ou seu”, mas NOSSO. Brinquedos que não determinam uma condição a priori na dinâmica da brincadeira: pela posse ou pela proposta já imposta pelo brinquedo, o famoso objeto que brinca sozinho. Brinquedos que ganham sentido coletivo, democrático e de todos e todas que por esse espaço circula.
Somos críticos também à relação de consumo e infância, bastante potencializada nos dias de hoje e com apelo para o consumo de brinquedos cada vez mais caros e cada vez mais compactados.”
E foi assim que a Estilo repensou suas dinâmicas para mostrar, na prática, às famílias do que se trata uma brincadeira livre de consumo! Pelo menos na escola!
Marcelo Cunha Bueno