De acordo com a última estatística feita por nossa equipe de marketing, aproximadamente 98% do total de nossos associados são mulheres. É um número bastante expressivo e representa uma importante conquista.
Mas não se trata de uma questão meramente numérica. É uma constatação da posição qualitativa que as mulheres estão assumindo cada vez mais. E especialmente vocês que estão inseridas neste universo da educação, isso se revela ainda mais importante.
Afinal, para todas as mazelas da sociedade o remédio mais indicado qual é? A educação. Esta talvez seja a única premissa que é tratada como unanimidade. Todos sabemos que não é possível construir uma sociedade mais justa e humana sem que a educação seja o principal objetivo.
Qual o papel da mulher?
Eis aqui uma pergunta muito interessante e que pode provocar discussões muito acaloradas. Porque, afinal de contas, não há uma regra que defina quais os papéis devem ser estrelados por mulheres, nem por homens. Não vamos tratar disso.
O que se propõe é uma reflexão de observação das mulheres, não especificamente de seus papéis. A ideia é trazermos à tona a percepção das transformações internas que vem acontecendo em cada uma de vocês. Algo de dentro para fora.
Basta que observemos as professoras de 80 ou 100 anos atrás. Quem eram elas? Como viviam? Quais eram suas motivações? E suas formações? Claro que estamos nos referindo a um período histórico com realidades diferentes da que vivemos hoje. Mas consegue imaginar o quanto tudo está diferente?
Quem promoveu essas mudanças? A legislação ou as políticas públicas? Um cavaleiro empunhando sua espada reluzente? Não. Vocês, mulheres, foram as responsáveis pelas mudanças que hoje desfrutamos todos.
O resultado da força, da grandeza e da dedicação de cada uma de vocês ao longo do tempo, somadas, é esta certeza de que não se trata de quais papéis são destinados às mulheres, mas sim de quais os papéis que as mulheres desejam ocupar. E isso é maravilhoso.
As mulheres na educação
Toda essa transformação a que me referi é muito visível no universo específico da educação. Em primeiro lugar porque confirma a tese de que as mudanças se deram no interior de cada uma de vocês. Afinal de contas, o magistério sempre foi ocupado em maior parte pelas mulheres.
Ou seja, tudo por aqui seria igual, não fosse o poder transformador de cada educadora. A busca incessante por conhecimento, graduação, atualizações, formações, leituras, encontros, pós-graduação, especializações, doutorados, elevou o magistério a um lugar de excelência.
Já seria maravilhoso se fosse apenas isso. Mas a conquista de vocês vai além. Ela conduz as infâncias que estão em suas mãos, e são estas infâncias que logo ali à frente assumirão nossos lugares, e o farão com o melhor que tiverem.
Este artigo deseja louvar a cada mulher que de alguma forma colabora no processo de transformação do mundo por intermédio de sua própria transformação. Cada professora espalhada por esse nosso imenso país, desde o mais longínquo vilarejo até os grandes centros.
Muito além de suas conquistas pessoais e de seu sucesso profissional está repousada em suas mãos o desejo e a certeza de dias melhores para todos. E a condução dessa imensa responsabilidade que já está em curso já é exitosa. Vocês, mulheres, já acertaram a mão de direção.
Pois que saibam, desde agora, que cada pequeno passo que dão em direção ao seu conhecimento, estarão levando, a reboque, o lugar melhor de se viver que todos esperamos. Na soma de cada gesto em favor de uma educação melhor para todos, há de formas a onda capaz de varrer os males do mundo.
É isso, mulheres, o que estão fazendo.
Só isso.